Nunca existimos
Senhora da Rocha, Algarve
Vamos fazer de conta que foi tudo
mero fruto da nossa solidão
e o planeta rodou solene e mudo,
indiferente a que fôssemos ou não
navegantes de um barco imaginário
que chegou do mar fundo e temerário.
Vamos fazer de conta que largámos
de outra galáxia ou outro continente
e alheios mas audazes ancorámos
no cais erguido algures contra a corrente
de ideias feitas, modas, preconceitos
e mais normas e regras e preceitos.
Vamos fazer de conta que surgimos
do nada para o nada desta hora
e, olhando à nossa volta, sem demora
soubemos que afinal nunca existimos.
mero fruto da nossa solidão
e o planeta rodou solene e mudo,
indiferente a que fôssemos ou não
navegantes de um barco imaginário
que chegou do mar fundo e temerário.
Vamos fazer de conta que largámos
de outra galáxia ou outro continente
e alheios mas audazes ancorámos
no cais erguido algures contra a corrente
de ideias feitas, modas, preconceitos
e mais normas e regras e preceitos.
Vamos fazer de conta que surgimos
do nada para o nada desta hora
e, olhando à nossa volta, sem demora
soubemos que afinal nunca existimos.
12 Comments:
Fazer de conta é fingir.
Como só os poetas sabem.
Abraço
Pois. Mas há mais quem finja, não achas?
Outro abraço.
Oh! Se há...
Mas são outros fingimentos. Pouco poéticos.
Um Abraço
Claro que sou da mesma opinião.
Abraço renovado.
Um mecanismo tenebroso, esse, completamente perverso.
Talvez, amanhã, com mais tempo, volte aqui.
Um abraço.
Um abraço também, cara Margarida.
Sempre o teu regresso a essa Senhora da Rocha feita barco, sulcando os mares.
Amor velho não cansa, caro Toy...
:))
:))
Bah! O Teixeira dos Santos não me dá tréguas com as declarações fiscais neste período de loucos e não me deixa tempo nenhum para o que gostaria de ler e fazer !!
Gosto muito deste poema.
Sempre contigo!
:))
Abração.
Manda-o mas é passear e dedica-te à poesia!
:))
Abração também.
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