Rumo ao nada
Acrílico sobre tela / TL, 2006
No autocarro para nenhures,
que ninguém sabe onde é,
uns vão sentados, outros de pé,
e por mais que procures
conhecer de cada um
para onde vai, donde vem,
terás resposta comum,
tão simples que não contém
segredo porque, afinal,
não há coisa mais banal
e desde sempre aprazada
que este voo cansado e cego
sem bússola nem sossego
rumo ao nada.
que ninguém sabe onde é,
uns vão sentados, outros de pé,
e por mais que procures
conhecer de cada um
para onde vai, donde vem,
terás resposta comum,
tão simples que não contém
segredo porque, afinal,
não há coisa mais banal
e desde sempre aprazada
que este voo cansado e cego
sem bússola nem sossego
rumo ao nada.
12 Comments:
Palavras para viagens em dias temperados de indiferença em que seguimos caminho puxando uma mala de monotonias...
Bem traduzido, como era de esperar, cara Luísa... O nosso Algarve é sempre inspirador. Que inveja desses passeios dominicais!
O nada existe
Não me diga, caro Filipe...
Aquele abraço!
Só tu consegues dizer, assim, tudo sobre o caminho para o nada.
Abraço Poeta
Constante generosidade, a tua, caro João...
Abraço também.
Mas teimosamente lá vamos caminhando...
Como sempre um belo poema!
Abraço
Outro abraço, Rosa dos Ventos.
Muito gosto de o ler!
:)))
:)))
A propósito do Nada: Não é o avesso do Tudo, antes a presença de um negativo imenso.
Na poesia tal como na vida, há dias em que em vida se morre.Chega então o momento do retorno que brota desse tempo do Nada.
Um abraço
Um abraço também, cara Margarida.
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