quarta-feira, junho 23, 2010

Rumo ao nada

Acrílico sobre tela / TL, 2006

No autocarro para nenhures,
que ninguém sabe onde é,
uns vão sentados, outros de pé,
e por mais que procures
conhecer de cada um
para onde vai, donde vem,
terás resposta comum,
tão simples que não contém
segredo porque, afinal,
não há coisa mais banal
e desde sempre aprazada
que este voo cansado e cego
sem bússola nem sossego
rumo ao nada.

12 Comments:

Blogger luisa said...

Palavras para viagens em dias temperados de indiferença em que seguimos caminho puxando uma mala de monotonias...

1:54 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Bem traduzido, como era de esperar, cara Luísa... O nosso Algarve é sempre inspirador. Que inveja desses passeios dominicais!

2:46 da tarde  
Blogger Mar Arável said...

O nada existe

3:45 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Não me diga, caro Filipe...
Aquele abraço!

5:33 da tarde  
Blogger jrd said...

Só tu consegues dizer, assim, tudo sobre o caminho para o nada.
Abraço Poeta

6:11 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Constante generosidade, a tua, caro João...
Abraço também.

7:26 da tarde  
Blogger Rosa dos Ventos said...

Mas teimosamente lá vamos caminhando...
Como sempre um belo poema!

Abraço

3:55 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Outro abraço, Rosa dos Ventos.

5:40 da tarde  
Blogger mdsol said...

Muito gosto de o ler!

:)))

7:18 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

:)))

8:24 da tarde  
Blogger addiragram said...

A propósito do Nada: Não é o avesso do Tudo, antes a presença de um negativo imenso.

Na poesia tal como na vida, há dias em que em vida se morre.Chega então o momento do retorno que brota desse tempo do Nada.

Um abraço

9:15 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Um abraço também, cara Margarida.

9:02 da manhã  

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