quarta-feira, novembro 16, 2005

Divisão

Deslumbram-me as pessoas, o olhar
umas vezes tranquilo, outras aflito,
com que nos fitam do fundo
do seu próprio mistério.

Enternece-me o ar com que respiram
umas vezes amor e outras ira,
agora a dor, logo a malícia.

Entre o deslumbramento e a ternura
me divido.

(2005)

6 Comments:

Blogger Torquato da Luz said...

Meu caro Cardão:
Um forte abraço e muito obrigado pelas suas palavras.

8:55 da manhã  
Blogger Unknown said...

Assim te vejo também: tranquilo, aflito, respirando amor ou ira, sofrendo a dor ou alimentando a malícia, deslumbrado ou ternurento. Dividido.

12:10 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Mais um abraço, António!

2:03 da tarde  
Blogger mariagomes said...

Lindo, lindo!...

maria

7:12 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Um beijinho, Maria.

8:35 da tarde  
Blogger Pink said...

As pessoas e os sentimentos que as prepassam: isso é viver. O poeta aqui desliumbra-se pois tem o dom de ver tudo isso. Muito bem concebido o poema!

Um beijo e boa semana.

8:31 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home