Divisão
Deslumbram-me as pessoas, o olhar
umas vezes tranquilo, outras aflito,
com que nos fitam do fundo
do seu próprio mistério.
Enternece-me o ar com que respiram
umas vezes amor e outras ira,
agora a dor, logo a malícia.
Entre o deslumbramento e a ternura
me divido.
(2005)
umas vezes tranquilo, outras aflito,
com que nos fitam do fundo
do seu próprio mistério.
Enternece-me o ar com que respiram
umas vezes amor e outras ira,
agora a dor, logo a malícia.
Entre o deslumbramento e a ternura
me divido.
(2005)
6 Comments:
Meu caro Cardão:
Um forte abraço e muito obrigado pelas suas palavras.
Assim te vejo também: tranquilo, aflito, respirando amor ou ira, sofrendo a dor ou alimentando a malícia, deslumbrado ou ternurento. Dividido.
Mais um abraço, António!
Lindo, lindo!...
maria
Um beijinho, Maria.
As pessoas e os sentimentos que as prepassam: isso é viver. O poeta aqui desliumbra-se pois tem o dom de ver tudo isso. Muito bem concebido o poema!
Um beijo e boa semana.
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