sexta-feira, novembro 04, 2005

Não

Sou das praias batidas pelo vento,
dos campos secos a perder de vista,
dos dias que anoitecem de repente,
das noites sem manhã como saída.

Sou dos mares azuis que não navego,
dos caminhos de pó e erva nas bermas,
das casas velhas onde cresce o medo,
das portas que se fecham a quem chega.

Sou de um país de sal e solidão,
onde importa voltar a dizer não.

(2005)

2 Comments:

Blogger addiragram said...

Gostei deste "Não". Curiosamente, o título, provoca alguma ambiguidade na leitura,o que contribui com algum impacto. um bj.

9:23 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

Um bj também, addiragram.

12:07 da tarde  

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