Os queridos mortos
A minha mãe, o meu pai, a minha irmã,
as minhas tias e avós,
todos esses que amei e por quem fui amado
e um dia se evolaram
ante o meu pasmo e dor sem nome.
A senhora que, todas as manhãs,
passava à minha porta
e não tornei a ver, porque também partiu
para a terra do mistério indecifrável,
como soube meses depois.
E o amável vizinho com quem nunca troquei
mais do que um bom dia, boa tarde,
e deixei de encontrar no autocarro.
Os queridos mortos,
esses que têm garantida a eternidade
da minha memória.
(2005)
as minhas tias e avós,
todos esses que amei e por quem fui amado
e um dia se evolaram
ante o meu pasmo e dor sem nome.
A senhora que, todas as manhãs,
passava à minha porta
e não tornei a ver, porque também partiu
para a terra do mistério indecifrável,
como soube meses depois.
E o amável vizinho com quem nunca troquei
mais do que um bom dia, boa tarde,
e deixei de encontrar no autocarro.
Os queridos mortos,
esses que têm garantida a eternidade
da minha memória.
(2005)
2 Comments:
Um beijo também, Laura, e obrigado!
É da natureza humana: conforma-se mas nunca esquece quem amou. Um abraço e obrigado pelo belo poema
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