Overdose
Tinha pouco mais de 20 anos
e morreu de repente
no domingo à noite.
Foi overdose,
disseram-me no restaurante.
Tive entretanto o cuidado
de me informar sobre o assunto
e concluí que não foi
overdose coisa nenhuma,
mas abandono.
Um abandono que tinha,
também ele,
pouco mais de 20 anos.
(2006)
e morreu de repente
no domingo à noite.
Foi overdose,
disseram-me no restaurante.
Tive entretanto o cuidado
de me informar sobre o assunto
e concluí que não foi
overdose coisa nenhuma,
mas abandono.
Um abandono que tinha,
também ele,
pouco mais de 20 anos.
(2006)
10 Comments:
Dito assim, num poema, que não na notícia de jornal, bate tão forte.
Pois é, Toy e Laura, o caso chocou-me... e saíu esta coisa triste, mas sentida.
Bom fim-de-semana!
Poema sentido que espelha uma realidade que infelizmente é a de muitos hoje em dia!
Um beijo e bom fim de semana
Um beijo e bom fim de semana também para ti, cara Pink.
O poema é muito bonito, mas não conheço o assunto. Presumo que morreu mesmo alguém... foi o caso?
Sim, foi o caso, caro Espumante. Um abraço.
este poema é imenso.
Obrigada.
Boa Páscoa.
P.S. Permite que o publique no "arde o azul"? com os créditos devidos, é claro.
Será uma honra, cara maat. Boa Páscoa também.
Saindo do "arde o azul", venho até aqui felicitá-lo por este poema. Tudo mais que tinha a dizer ficou em comentário no já referido blog.
Bem haja.
Obrigada por este poema "abanão" a uma sociedade anestesiada.
Páscoa feliz.
Beijinhos.
Beijinhos e feliz Páscoa também, Maria do Céu. Obrigado.
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