Por ti
É por ti, para ti, que ainda escrevo,
quando a mão já me pesa
e a noite vem veloz, com os seus medos,
a sua face lívida, os segredos
de que se veste e alimenta.
É por ti, para ti, que ainda escrevo
entre o cansaço e a incerteza
sobre a hora seguinte, o que me espera,
esquecido de quem fui, da primavera
que de súbito em mim se fez inverno.
É por ti, para ti, que ainda escrevo,
porque é isso que quero, isso me devo.
(2006)
quando a mão já me pesa
e a noite vem veloz, com os seus medos,
a sua face lívida, os segredos
de que se veste e alimenta.
É por ti, para ti, que ainda escrevo
entre o cansaço e a incerteza
sobre a hora seguinte, o que me espera,
esquecido de quem fui, da primavera
que de súbito em mim se fez inverno.
É por ti, para ti, que ainda escrevo,
porque é isso que quero, isso me devo.
(2006)
6 Comments:
Gostei muito deste poema. Parabéns!
Um abraço, António Castro, e obrigado.
São estas visitas que me fazem gostar cada vez mais da poesia...e tenho descoberto coisas fantásticas.
Grande abraço
Obrigado, caro Parrot, e um abraço deste "cliente" diário do seu Incomplete.
Gostei muito.
Obrigado, Sofia. Visitei o seu Defender o Quadrado e também gostei.
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