Cactos
Há certos cactos que florescem
quando menos se espera.
Sei isso de ciência certa,
porque os tenho na minha varanda lisboeta
e os trato com o amor desprendido
de quem os plantou sem mira de recompensa.
A verdade é que nem todos
se limitam ao caule esférico ou anguloso
e às folhas cobertas de espinhos.
Alguns procuram ser gratos,
o que até rima com eles,
e oferecem-me flores.
Não acontece todos os anos
pela Primavera,
mas vá lá a gente entender os cactos.
(2006)
9 Comments:
Não conseguem ser assim, espinhosos, todo o tempo. Quando lhes apraz, libertam uma flor.
Sabedoria, adquire-se por vezes nas coisas simples e belas da vida!
Tão simples e belas como aquela que aqui descreve... obrigada.
Beijinhos
Mais um abraço, Toy, agora que, como muito bem dizes, regressaste de onde sempre estiveste...
Continuo "cliente" diário do Arestália, cara Susana. Beijinhos também.
luz.cactos.espadas.bons textos.entendo-te..
São assim mesmo, os cactos. Belo poema. Um abraço.
Um abraço também, caro Ricardo.
Idem para Crisassol.
Parabéns por tudo.Pelos cactos,pelas flores, pela poesia e...porque não tb pela novidade da fotografia!
Pois é, cara Addiragram, estou a aprender coisas novas todos os dias. Obrigado.
Enviar um comentário
<< Home