Deixaste desenhada na areia
a passagem dos dias em que foras
a onda, a concha, o canto da sereia.
Procurei-te, sedento, no calor das horas,
no tempo em que se colhem as amoras.
Mas só achei o desenho
que deixaste à passagem
e nele, incerto, me detenho
entre o deserto e a miragem.
(2006)
5 Comments:
Que poema mais belo, amigo Torquato! Há pessoas que deixam marcas que não se apagam nunca!
Um beijo
A beleza da simplicidade nos seus poemas toca-me particularmente.
Obrigada.
Pink, Sofia e Laura:
Obrigado pelas vossas palavras.
Beijinhos.
Gostei imenso dessa angustiante incerteza, "entre o deserto e a miragem".
O abraço de sempre,Toy.
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