Acrílico sobre tela / Torquato da Luz, 2003
Era o odor das árvores
cedendo ao peso dos maduros
frutos de Verão.
Era a terra ressequida
e ao longe o mar, manso rumor.
Era o clamor das cigarras
gritando sede no pino da tarde.
E eras tu,
o sol acrescentado
ao sol que nos queimava.
(2006)
15 Comments:
Apenas para dizer que continua com uma capacidade poética muito interessante e bonita...
acedo a vários blogues de poesia e o comentário ao texto torna-se difícil....
um poema é uma criação muito pessoal...e, eu leio à minha maneira, sinto à minha maneira, meço à minha maneira...
desta forma, comentarei espaçadamente....mas visitarei assiduamente
abraço
tem obras plásticas bonitas
RPM
É verdade, não fazia ideia... Parabéns.
Mais um que vou levar debaixo do braço e sair em bicos de pés...
beijinhos
Rui e Ricardo:
Obrigado pelas vossas palavras. A pintura ocupa-me tempo roubado a outras coisas que tenho de fazer. Como a poesia.
Fátima:
Pode "roubar" o que quiser. São para mim uma honra as gentilezas do "Cãocompulgas".
Beijinhos.
Essa sensação forte, de verão, no poema e, surpresa das surpresas, na pintura.
Caro Toy:
Sem falsa modéstia, a minha actividade de pintor é tão discreta como me parece merecer. Por isso achei que não destoaria neste pessoal "Ofício Diário"...
Cada um dos seus poemas é uma surpresa renovada. Se calhar como cada um dos seus quadros...
Gostei imenso.
Sempre generosa, Sofia. Um beijinho.
Não lhe conhecia esta vertente de pintor com tinta ... pois com palavras sempre o foi!
Belíssimo post este: por momentos fui transportada para esta paisagem, este momento cheio de sol e odores ...
Um beijo
Pintura?
Há sempre um talento desconhecido...
Um abraço
Caros Pink e Espumante, obrigado pelas vossas palavras. A pintura não passa de um "hobby". Falar de talento a esse propósito parece-me um exagero, embora simpático...
Abraços.
Obrigado e beijinhos também, Laura.
há blogs com qualidade... este é um deles
Bem haja, Helder.
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