segunda-feira, junho 19, 2006

Abandono









Acrílico sobre tela
Torquato da Luz, 2006

Dói-me a pressa das horas
que não posso deter
e a vertigem de viver
sem ceder a demoras.

Dói-me a fome voraz
dos dias e dos meses
e o abandono que às vezes
isso me traz.

Dói-me ainda a lonjura
que tudo contém.

Mas uma dor só se cura
se dor maior lhe sobrevém.

(2006)

7 Comments:

Blogger Unknown said...

A qualidade da tua poesia deixou de me surpreender e nem sempre me afoito a comentar, para não perturbar a sua beleza.
Hoje arrisco, mas para assinalar a bela suspresa que é a tua pintura, que só agora começaste a revelar.

2:52 da tarde  
Blogger Ricardo António Alves said...

Belo, como é hábito.

6:08 da tarde  
Blogger Susana Barbosa said...

Ainda não tinha dito, mas para além da tua poesia, "também" sou uma grande admiradora da tua pintura. Obrigada por tudo o que nos ofereces, em cada dia!

6:19 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Toy, Ricardo e Susana:

Generosas palavras, as vossas. Muito obrigado.

7:26 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

É a sua amizade a falar, caro Cardão...
Obrigado e um abraço.

9:17 da manhã  
Blogger RPM said...

"Mas uma dor só se cura
se dor maior lhe sobrevém."....

mas esta aqui é demais...Que necessidade temos, de sofrer mais, para esquecermos uma dor antiga!!!....

um poema bonito, sim senhor, amigo Torquato

abraço

RPM

3:32 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Outro abraço, Rui Pedro amigo.

5:25 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home