Acrílico sobre telaTorquato da Luz, 2006Dói-me a pressa das horas
que não posso deter
e a vertigem de viver
sem ceder a demoras.
Dói-me a fome voraz
dos dias e dos meses
e o abandono que às vezes
isso me traz.
Dói-me ainda a lonjura
que tudo contém.
Mas uma dor só se cura
se dor maior lhe sobrevém.
(2006)
7 Comments:
A qualidade da tua poesia deixou de me surpreender e nem sempre me afoito a comentar, para não perturbar a sua beleza.
Hoje arrisco, mas para assinalar a bela suspresa que é a tua pintura, que só agora começaste a revelar.
Belo, como é hábito.
Ainda não tinha dito, mas para além da tua poesia, "também" sou uma grande admiradora da tua pintura. Obrigada por tudo o que nos ofereces, em cada dia!
Toy, Ricardo e Susana:
Generosas palavras, as vossas. Muito obrigado.
É a sua amizade a falar, caro Cardão...
Obrigado e um abraço.
"Mas uma dor só se cura
se dor maior lhe sobrevém."....
mas esta aqui é demais...Que necessidade temos, de sofrer mais, para esquecermos uma dor antiga!!!....
um poema bonito, sim senhor, amigo Torquato
abraço
RPM
Outro abraço, Rui Pedro amigo.
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