Ternura
Rua Ribeiro Sanches, à Lapa / Foto TL, 2009
Os degraus, um a um, da velha escada
que, directa, conduz ao teu jardim
galguei veloz sem pensar em mais nada
que no teu corpo pronto para mim.
Vinha prestes a luz da madrugada
e havia um cheiro a salva e a jasmim,
quadro à medida da minha chegada
a um romance que sonhei sem fim.
Mas, olhando depois, vi que faltava
a esse quadro a cor original
que desde sempre busco e me procura:
a cor feita de terra e erva brava,
ao mesmo tempo doce e cordial,
ou não tivesse o nome de ternura.
6 Comments:
Tolerar a distância entre o sonho e a realidade, eis a arte...
Que remédio, cara Margarida...
Confesso. Pronto, confesso mesmo!
Do que escreve eu não gosto.... gosto muiiiiiito!
Que frescura, que leveza, que poesia delicada a sua... e a ternura é um tema muito bonito...
:)))
Olhe eu esqueço-me sempre de lhe gabar as imagens. Não que não goste...digamos que as palavras se me impõem!
:)))
Obrigado, cara Mdsol.
:)))
Quanta ternura...uma maravilha!
Beijos
Enviar um comentário
<< Home