quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Ternura





















Rua Ribeiro Sanches, à Lapa / Foto TL, 2009

Os degraus, um a um, da velha escada
que, directa, conduz ao teu jardim
galguei veloz sem pensar em mais nada
que no teu corpo pronto para mim.

Vinha prestes a luz da madrugada
e havia um cheiro a salva e a jasmim,
quadro à medida da minha chegada
a um romance que sonhei sem fim.

Mas, olhando depois, vi que faltava
a esse quadro a cor original
que desde sempre busco e me procura:

a cor feita de terra e erva brava,
ao mesmo tempo doce e cordial,
ou não tivesse o nome de ternura.

6 Comments:

Blogger addiragram said...

Tolerar a distância entre o sonho e a realidade, eis a arte...

10:19 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

Que remédio, cara Margarida...

2:16 da tarde  
Blogger mdsol said...

Confesso. Pronto, confesso mesmo!
Do que escreve eu não gosto.... gosto muiiiiiito!
Que frescura, que leveza, que poesia delicada a sua... e a ternura é um tema muito bonito...

:)))

8:39 da tarde  
Blogger mdsol said...

Olhe eu esqueço-me sempre de lhe gabar as imagens. Não que não goste...digamos que as palavras se me impõem!
:)))

8:40 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Obrigado, cara Mdsol.
:)))

9:02 da manhã  
Blogger Fatyly said...

Quanta ternura...uma maravilha!

Beijos

5:34 da tarde  

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