O medo
Acrílico sobre tela
Torquato da Luz, 2007
O medo tem muitos rostos,
qual deles o mais assustador.
É o medo da morte, o medo da dor,
o medo da noite e do sol-posto,
o medo do frio e do calor.
O medo da polícia e do ladrão,
o medo do sim, o medo do não,
o medo da sombra, o medo da luz,
o medo da rua e da escuridão
e ainda o medo que traduz
esta palavra: solidão.
Mas o medo que a esmo
corrói mais que nenhum
é o que cada um
tem de si mesmo.
8 Comments:
Estas novas tecnologias são um sucesso! Inadvertidamente fui ter ao teu Blog e inexplicavelmente voltei a um tempo passado e dei por mim a lembrar-me de como gostava imenso dos teus textos. A tua poesia é fenomenal! Os teus antigos textos a que me refiro foram os teus primeiros no Jornal do Algarve. Tantos anos! A vida é fantástica! Um forte abraço.
Estamos num tempo também aqui --
onde o medo parece ser recomendado
pelos poderes centrais - é grave -
merece atenção
Abraços, caros Luzitano e E. Filipe.
Já sentiste o medo de não ter medo?
Eu já!
Olha, aí está mais um medo de que não me lembrei, Rosa.
Quem vive de "medos", vegeta e felizmente nada me corrói:))))))
Parabéns poeta!
Beijos
Palavras sábias as suas num belo poema...
Joana
Beijos, Fatyly e Joana.
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