segunda-feira, abril 20, 2009

À espera dos jacarandás

Foto TL, 2007
O poema é uma praça de Lisboa
orgulhosa do seu jacarandá
quando acontece Maio e uma pessoa
se embebeda de cheiros que já não há.

O poema tem portas e janelas,
é uma casa habitada de palavras
que entram e saem e dá gosto vê-las
por todo o lado como rosas bravas.

O poema é um circo, tem palhaços,
acrobatas e mágicos, artistas
de um trapézio suspenso dos espaços
que nunca se cansam de dar nas vistas.

O poema é aquilo que se queira
dizer quando se quer dizer amor
e não colhe buscar uma maneira
de o tentar amarrar seja ao que for.

6 Comments:

Blogger CPrice said...

tal como se não pode amarrar o Amor, Poeta :)

Lindo .. *

11:05 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

Não se pode, não, Catarina.
Beijinhos.

5:27 da tarde  
Blogger jrd said...

O (teu) poema é sempre uma esquina que se dobra para o mundo.
Abraço

11:40 da tarde  
Blogger Torquato da Luz said...

Generosidade tua, caro JRD.
Outro abraço.

9:48 da manhã  
Blogger mdsol said...

Estas suas palavras claras! Estas suas palavras leves. Estas suas palavras cheias de sensibilidade! E a fotografia um miminho!
É um gosto passar por aqui!

: ))

1:36 da manhã  
Blogger Torquato da Luz said...

Muito obrigado, cara Mdsol!

:))

9:06 da manhã  

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