A casa
A casa não era só a casa, tinha mundo
por dentro das paredes e dos móveis.
Nenhuma chave fechava
os quartos e as arcas,
onde habitava a ternura.
Quando me lembro da casa,
beirando a estrada, com o poço em frente,
não me detenho na fachada.
Antes percorro os rostos
que a povoaram e lhe deram história,
os queridos rostos da família.
O tempo, esse inimigo odioso,
semeia a dor e o esquecimento,
mas não apaga o amor.
(2006)
por dentro das paredes e dos móveis.
Nenhuma chave fechava
os quartos e as arcas,
onde habitava a ternura.
Quando me lembro da casa,
beirando a estrada, com o poço em frente,
não me detenho na fachada.
Antes percorro os rostos
que a povoaram e lhe deram história,
os queridos rostos da família.
O tempo, esse inimigo odioso,
semeia a dor e o esquecimento,
mas não apaga o amor.
(2006)
5 Comments:
Belo poema.
Obrigado, Ricardo. Um abraço.
Poema belo que termina com frase lapidar:"O tempo, esse inimigo odioso,/semeia a dor e o esquecimento,/mas não apaga o amor."
Um beijo
Outro beijo, Pink.
Beijinhos também, caríssima Laura.
Enviar um comentário
<< Home