A casa
Rossio, Lisboa / Foto TL, 2008
Era uma casa pouco a pouco erguida
sobre caboucos fundos e seguros,
uma casa pensada para a vida
e feita com amor, livre de juros,
uma sólida casa construída
para os dias presentes e futuros
e pronta a resistir à investida
dos tempos mais adversos e mais duros.
Mas vieram o vento e a tempestade
e não deixaram mais do que os escombros
do que fora uma casa grande e forte
e agora só nos resta ter vontade
de começar de novo, metendo ombros
a outra casa, em desafio à morte.
sobre caboucos fundos e seguros,
uma casa pensada para a vida
e feita com amor, livre de juros,
uma sólida casa construída
para os dias presentes e futuros
e pronta a resistir à investida
dos tempos mais adversos e mais duros.
Mas vieram o vento e a tempestade
e não deixaram mais do que os escombros
do que fora uma casa grande e forte
e agora só nos resta ter vontade
de começar de novo, metendo ombros
a outra casa, em desafio à morte.
6 Comments:
dessas vontades se faz a Vida ..
Mais um daqueles Caro Torquato.
Certamente, cara "Once".
Obrigado.
Perante o bota-abaixo a "vontade de começar de novo" será sempre o melhor sinal verde para continuarmos.
Adorei!
A foto está lindissima.
Um abraço
Desistir, nunca, Fatyly!
Outro abraço.
Belíssimo poema. Aliás, como belíssimos são tantos outros que li aqui. Cheguei pela primeira vez. Voltarei.
Ah, e vou linkar seu blog nos meus, certo?
Volte sempre, Márcia.
Também já linkei a sua "Tábua de marés".
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