Mudez
Senhora da Rocha/Foto TL, 2007
Quando por fim voltares, traz no olhar
a nesga de areal onde algum dia
te encontrei entre a espuma e a maresia,
passeando a surpresa de haver mar.
Traz também nos cabelos o luar
e deixa que o veneno da poesia
nos envenene aos dois em sintonia,
como exige o mistério do lugar.
Talvez assim eu possa finalmente
segredar-te as palavras que não soube
dizer-te no momento em que te vi
pela primeira vez e, de repente,
o mundo foi tão grande que não coube
na minha voz e logo emudeci.
12 Comments:
De sonetos também vive o poeta.
Às vezes também pratico a modalidade.
O seu está muito escrito.
Um abraço.
E pratica muito bem, caro Vieira Calado.
Outro abraço.
brilhante declaração esta Caro Torquato .. sempre sensível, cheia de significado :)
Bom fim de semana
Catarina
(Isto é para tirar as aspas do nick) ;)
Obrigado, Catarina (a partir de agora sem Once nem aspas...), e bom fim-de-semana também.
Oh Torquato!
bom fim de semana
beijinho
Bom fim-de-semana e um beijinho também, Minucha.
Uma magnífica declaração de amor.
Beijos e um bom fim de semana
Retribuo os beijos e os votos para o fim-de-semana, Fatyly.
Solta-se a"mudez" das emoções que fervilham;nascem as palavras do instante inesperado...
Uma bela estória em aberto.
Um abraço
Outro abraço, cara Margarida.
"passeando a surpresa de haver mar": este verso é um achado. muito, muito belo.
um beijo daqui.
Outro, Márcia.
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