segunda-feira, maio 31, 2010
sábado, maio 29, 2010
quinta-feira, maio 27, 2010
Imagens do lançamento
Imagens da sessão de lançamento do livro "Espelho Íntimo",
que ocorreu ontem, ao fim da tarde, na Livraria Barata, em Lisboa.
Na mesa, além da editora Sandra Macedo e do autor,
vêem-se João Gonçalves, que apresentou, e Inês Ramos, que leu poemas.
Pedindo desculpa por eventuais omissões, agradeço as referências, directas ou indirectas, ao evento de que até agora tive conhecimento:
Fumaças
Espumadamente
Portugal dos Pequeninos
Pau para Toda a Obra
A Revolta
Com Livros-Teresa
Eclético
Estrada de Santiago
Obtuso
Os trabalhos e os dias
Ma-Schamba
A Cagarra
Defender o Quadrado
Nocturno
Aguarelas de Turner
Local & Blogal
Na Senda das Beiras
quarta-feira, maio 26, 2010
É hoje...
...às 19 horas, na Livraria Barata (Av. de Roma, 11-A, Lisboa),
o lançamento do meu novo livro, "Espelho Íntimo".
João Gonçalves apresentará e Inês Ramos lerá alguns poemas.
quinta-feira, maio 20, 2010
Ilusão
Rua da Conceição
Apenas é real o que é sonhado.
A nossa imaginação
é que faz o que vemos e tocamos.
Seja qual for o lado
por que se encare a questão,
só existe o que arrancamos
do fundo do coração.
Tudo o mais em que teimamos
não passa de ilusão.
Apenas é real o que é sonhado.
A nossa imaginação
é que faz o que vemos e tocamos.
Seja qual for o lado
por que se encare a questão,
só existe o que arrancamos
do fundo do coração.
Tudo o mais em que teimamos
não passa de ilusão.
(Do livro "Espelho Íntimo", a lançar na próxima quarta-feira, dia 26,
às 19 horas, na Livraria Barata, Av. de Roma, 11-A, Lisboa)
às 19 horas, na Livraria Barata, Av. de Roma, 11-A, Lisboa)
terça-feira, maio 18, 2010
segunda-feira, maio 17, 2010
Mudez
Senhora da Rocha, sempre
Quando por fim voltares, traz no olhar
a nesga de areal onde algum dia
te encontrei entre a espuma e a maresia,
passeando a surpresa de haver mar.
Traz também nos cabelos o luar
e deixa que o veneno da poesia
nos envenene aos dois em sintonia,
como exige o mistério do lugar.
Talvez assim eu possa finalmente
segredar-te as palavras que não soube
dizer-te no momento em que te vi
pela primeira vez e, de repente,
o mundo foi tão grande que não coube
na minha voz e logo emudeci.
Quando por fim voltares, traz no olhar
a nesga de areal onde algum dia
te encontrei entre a espuma e a maresia,
passeando a surpresa de haver mar.
Traz também nos cabelos o luar
e deixa que o veneno da poesia
nos envenene aos dois em sintonia,
como exige o mistério do lugar.
Talvez assim eu possa finalmente
segredar-te as palavras que não soube
dizer-te no momento em que te vi
pela primeira vez e, de repente,
o mundo foi tão grande que não coube
na minha voz e logo emudeci.
(Do livro "Espelho Íntimo", a lançar no próximo dia 26, às 19 horas,
na Livraria Barata, Av. de Roma, 11-A, Lisboa)
na Livraria Barata, Av. de Roma, 11-A, Lisboa)
sábado, maio 15, 2010
Presença
Armação de Pêra
Entra-me em casa o murmúrio do mar
e ao fim da tarde assoma na janela
uma gaivota que me vem deixar
a mensagem mais simples, mais singela,
que podia na vida desejar:
esta certeza de que estás comigo
mesmo quando te ausentas e eu invento
mil e uma formas de escutar no vento
o eco das palavras que te digo.
Entra-me em casa o murmúrio do mar
e ao fim da tarde assoma na janela
uma gaivota que me vem deixar
a mensagem mais simples, mais singela,
que podia na vida desejar:
esta certeza de que estás comigo
mesmo quando te ausentas e eu invento
mil e uma formas de escutar no vento
o eco das palavras que te digo.
(Do livro "Espelho Íntimo", a lançar no próximo dia 26, às 19 horas,
na Livraria Barata, Av. de Roma, 11-A, Lisboa)
na Livraria Barata, Av. de Roma, 11-A, Lisboa)
quinta-feira, maio 13, 2010
quarta-feira, maio 12, 2010
segunda-feira, maio 10, 2010
Palavras, palavras, palavras
Da varanda do quartel do Carmo
A palavra medo, a palavra dor,
a palavra raiva, a palavra fogo,
a palavra sorte, a palavra jogo,
a palavra incêndio, a palavra amor.
A palavra areia, a palavra mar,
a palavra luz, a palavra espanto,
a palavra dia, a palavra canto,
a palavra livro, a palavra ar.
A palavra hoje, a palavra já,
a palavra nunca, a palavra agora,
a palavra cedo, a palavra aurora,
a palavra tarde e as que mais há.
Palavras e palavras e palavras
vestindo os muros como rosas bravas.
a palavra raiva, a palavra fogo,
a palavra sorte, a palavra jogo,
a palavra incêndio, a palavra amor.
A palavra areia, a palavra mar,
a palavra luz, a palavra espanto,
a palavra dia, a palavra canto,
a palavra livro, a palavra ar.
A palavra hoje, a palavra já,
a palavra nunca, a palavra agora,
a palavra cedo, a palavra aurora,
a palavra tarde e as que mais há.
Palavras e palavras e palavras
vestindo os muros como rosas bravas.
quinta-feira, maio 06, 2010
segunda-feira, maio 03, 2010
Nunca existimos
Senhora da Rocha, Algarve
Vamos fazer de conta que foi tudo
mero fruto da nossa solidão
e o planeta rodou solene e mudo,
indiferente a que fôssemos ou não
navegantes de um barco imaginário
que chegou do mar fundo e temerário.
Vamos fazer de conta que largámos
de outra galáxia ou outro continente
e alheios mas audazes ancorámos
no cais erguido algures contra a corrente
de ideias feitas, modas, preconceitos
e mais normas e regras e preceitos.
Vamos fazer de conta que surgimos
do nada para o nada desta hora
e, olhando à nossa volta, sem demora
soubemos que afinal nunca existimos.
mero fruto da nossa solidão
e o planeta rodou solene e mudo,
indiferente a que fôssemos ou não
navegantes de um barco imaginário
que chegou do mar fundo e temerário.
Vamos fazer de conta que largámos
de outra galáxia ou outro continente
e alheios mas audazes ancorámos
no cais erguido algures contra a corrente
de ideias feitas, modas, preconceitos
e mais normas e regras e preceitos.
Vamos fazer de conta que surgimos
do nada para o nada desta hora
e, olhando à nossa volta, sem demora
soubemos que afinal nunca existimos.