terça-feira, fevereiro 24, 2009

O lançamento










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Conforme o convite supra, é já no próximo sábado, às 17 e 30, na Livraria Barata, em Lisboa, o lançamento do meu novo livro, "Por Amor e outros poemas", editado, como o anterior ("Ofício Diário"), pela Papiro.
A apresentação estará a cargo de Inês Ramos (Porosidade etérea); o jornalista João Severino (Pau para toda a obra) declamará alguns poemas.
Agradeço, entretanto, as referências feitas ao lançamento pelos seguintes blogs amigos (pedindo desculpa por qualquer possível omissão):

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Ilusão


















Tejo meu / Foto TL, 2008

Apenas é real o que é sonhado.
A nossa imaginação
é que faz o que vemos e tocamos.
Seja qual for o lado
por que se encare a questão,
só existe o que arrancamos
do fundo do coração.
Tudo o mais em que teimamos
não passa de ilusão.

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Bebedeira
















Rua do Século / Foto TL, 2007

Chegaste quando já desesperava
de algum dia te encontrar.
Vinhas de outro planeta, era fácil notar
pela luz que o teu rosto irradiava
e o perfil singular
que o corpo te desenhava.

E foi tal a bebedeira
da surpresa de te achar
que nunca mais vi maneira
de me lembrar
do tempo que (não) vivi
antes de ti.

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Ternura





















Rua Ribeiro Sanches, à Lapa / Foto TL, 2009

Os degraus, um a um, da velha escada
que, directa, conduz ao teu jardim
galguei veloz sem pensar em mais nada
que no teu corpo pronto para mim.

Vinha prestes a luz da madrugada
e havia um cheiro a salva e a jasmim,
quadro à medida da minha chegada
a um romance que sonhei sem fim.

Mas, olhando depois, vi que faltava
a esse quadro a cor original
que desde sempre busco e me procura:

a cor feita de terra e erva brava,
ao mesmo tempo doce e cordial,
ou não tivesse o nome de ternura.

terça-feira, fevereiro 10, 2009

Convite


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domingo, fevereiro 08, 2009

A meta















Jardim da Estrela/Foto TL, 2007

Falta-nos pouco tempo, aceleremos,
que já se avista a meta
e não há artifício de poeta
que mude o imutável, bem sabemos.

Prego ao fundo, portanto, e mal ou bem
vençamos o que resta da etapa,
indiferentes ao que o mapa
para diante contém.

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Cegueira















Alfama/Foto TL, 2008
Existem milhões de astros, mas nenhum
tão luminoso como o teu olhar.
Quando me fitas, sinto-me cegar
por esse brilho fora do comum
que me conforta e acalma
no mais profundo da alma.

Jamais, portanto, hei-de buscar maneira
de me livrar desta cegueira.