A liberdade
Cais da Rocha / Foto TL, 2009
Não esperem de mim que cante a ingrata
memória do tempo em que nasci,
quando o mundo gemia sob a pata
da besta nazi
e sofria a miséria
dos amanhãs que cantam na Sibéria.
Não esperem de mim que cante a herança
do ominoso rosto do século vinte,
quando a Europa, vestida de pedinte,
parecia descrer da esperança
de uma luz que lhe mostrasse
a outra face.
Esperem de mim que cante a liberdade,
pelo triunfo da poesia
e da verdade
sobre qualquer tirania.
memória do tempo em que nasci,
quando o mundo gemia sob a pata
da besta nazi
e sofria a miséria
dos amanhãs que cantam na Sibéria.
Não esperem de mim que cante a herança
do ominoso rosto do século vinte,
quando a Europa, vestida de pedinte,
parecia descrer da esperança
de uma luz que lhe mostrasse
a outra face.
Esperem de mim que cante a liberdade,
pelo triunfo da poesia
e da verdade
sobre qualquer tirania.